Estamos desde o inicio de outubro revendo nossa atuação na RESEX MARINHA DE ITAIPU, a qual enccontra-se em franco desenvolvimento, com nova coordenação do INEA, com uma revitalizada participação da FIPERJ. Esta RESEX notabilizou-se nacionalmente por ter, em apenas dois anos, definido o seu Conselho Deliberativo, seu Regimento Interno e estar em fase de construção de seu Acordo de Gestão.
A questão em jogo, para a PAPESCA, está em definir o seu papel como programa de extensão do SOLTEC/UFRJ, de sorte contribuir com a sustentabilidade institucional e socioecológica da RESEX. Isso num cenário macro em que o Estado nacional definiu, há décadas, priorizar a especulação imobiliária, as grandes obras de infraestrutura, a prospecção e exploração de minérios, gaz e petróleo, em detrimento da biodiversidade socioambiental, em particular contribuindo com a invisibilização ou simplesmente o desaparecimento de populações tradicionais que vivem na costa brasileira e nas varzeas continentais.
Há de se reformular as instituições associativas, que se pretendam representativas das populações traicionais, das RESEX, ou outras Unidades de Conservação. Estruturas controladas pelo Estado, por empresas estatais e privadas, por pelegos, por diretorias que não sejam transparentes e representativas, colocam, todas, sem exceção, em risco o direito à vida, da biodiversidade e das populações ameaçadas.
Qual o papel das Universidades Públicas, como entes do Estado? Não temos dúvida de que devem contribuir. Mas o como? A principio em dialogar saberes científicos e tradicionais, para, NO MINIMO, tentar produzir sistematizações que expliquem os sistemas complexos socioecológicos, e, ISTO É FUNDAMENTAL, contribuir para a compreensão sobre os caminhos de pesquisa, dos processos educativos e formativos, para a construção de novas institucionalidades de sorte fortalecer a tenra democracia participativa, longe da tutela do Estado, Capital e de Pelegos. Instituições sadias com forte capacidade de realimentação e de retificações de rumos para fortalecer a RESILIÊNCIA DAS COMUNIDADES.
É nisso que a PAPESCA dedica-se nestas semanas para encontrar onde está o seu lugar, sua responsabilidade no âmbito da RESEX DE ITAIPU e de outras comunidades tradicionais, em termos mais amplos na TEIA DE REDES DE APOIO Á PESCA ARTESANAL NO BRASIL.
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